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Prefeitura mantém transporte escolar gratuito e reduz evasão

Foto: Luiz Costa/SMCS

Todos os dias, em Curitiba, cerca de nove mil estudantes da rede pública só frequentam regularmente a escola porque a Prefeitura mantém um sistema de transporte gratuito. O investimento é de aproximadamente R$ 21,5 milhões anuais.

Os beneficiados são estudantes dos ensinos Regular e Especial de escolas municipais e estaduais e moram longe das unidades onde estão matriculados. Além disso, no horário de ir para a escola, seus pais estão se deslocando para o trabalho, em regiões também distantes da cidade.

O transporte escolar é gerenciado por meio da Secretaria Municipal da Educação e tem frota de 168 ônibus, com motoristas e atendentes. Dos veículos, 108 pertencem a duas empresas contratadas pela Prefeitura e atendem ao Ensino Regular. Os demais, do Ensino Especial, são gerenciados pela Urbs.

Os ônibus são usados por 4,2 mil estudantes de 33 unidades da rede municipal de ensino e 2,2 mil de dez escolas estaduais. A Prefeitura custeia 72% do serviço que beneficia estudantes da rede estadual e o Governo do Paraná paga o resto. Também são beneficiados 2,4 mil matriculados em 35 unidades especiais.

Elisama Ribeiro, de 10 anos, é usuária do transporte escolar regular. Ela mora no conjunto Imbuia 4, no bairro Santa Cândida, e estuda na Escola Municipal Professor Brandão, no Alto da Glória.

Como outras 30 crianças, a estudante entra no ônibus às 6h40, vai para a escola e desce do mesmo veículo, no mesmo local de onde partiram, às 12h10. Sempre estão com eles a mesma atendente – que entra na escola e sai com o grupo em direção ao ônibus - e o motorista Ademir Seibuchler.

“É divertido, a gente brinca e conversa no caminho”, elogia Elisama, que usa o transporte escolar desde o ano passado. Os dois irmãos da menina, que estudam em escolas estaduais, também usam. “Minha mãe e meu padrasto trabalham cedo e não podem pagar ônibus para todos”, completa.

Ensino Especial

Os estudantes com necessidades especiais – adolescentes e adultos de 4 a 64 anos com limitações físicas, motoras e intelectuais – também estão entre os beneficiários do transporte escolar da Prefeitura.  

Os ônibus do transporte do ensino especial fazem conexão no terminal exclusivo instalado no bairro Cristo Rei. É lá que os estudantes embarcam e desembarcam de casa para a escola e vice-versa.

A maioria segue sozinha, mas há quem leve acompanhante. É o caso de Ezequiel Elizeu dos Santos, de 21 anos, que tem paralisia cerebral e estuda na Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial. Ele é o caçula dos seis filhos da dona-de-casa Eva do Rocio de Lima, que há 15 anos o acompanha no sobe e desce dos ônibus do transporte escolar entre o bairro Santa Quitéria, onde moram, e o Tarumã, sede da escola. “Poder contar com isso é muito importante pra nós. É tudo pra gente”, resume Eva.

Como Ezequiel, Gabriel Alves Machado estuda na mesma unidade e, por ter deficiências múltiplas, precisa da companhia da mãe, Liliane Partica. A família mora no Capão Raso. “Seria impossível, para nós, manter o Gabriel na escola sem isso. Seria impossível pela distância”, explica.

Além de dar acesso à escola, a Prefeitura também banca o transporte necessário às atividades complementares – como visitas guiadas e aulas de campo em museus, teatros e parques, de acordo com o planejamento de cada unidade de ensino.