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Espaço representou mudança na postura de uso da Praça Rui Barbosa
Pedro Ribas/SMCS
| 15/5/2017
A construção da Rua da Cidadania Matriz, que completa 20 anos nesta segunda-feira (15/5), representou uma mudança mais profunda de postura de uso da Praça Rui Barbosa.
A praça precisava ser reorganizada para atender melhor a estrutura de transporte público, organizar e abrigar o comércio ambulante que atravancava o entorno e também ser sede de uma série de serviços públicos da Administração Regional.
"Criamos uma grande praça coberta, que evoca o Grand Palais de Paris”" conta o prefeito Rafael Greca, em cuja primeira gestão o projeto foi desenvolvido. "É um espaço bonito, onde, à sombra e longe da chuva, os curitibanos se encontram."
O edifício foi inaugurado em 1997, cinco meses depois do encerramento da gestão (1993-1996) durante a qual foram construídas outras cinco Ruas da Cidadania em Curitiba (Boqueirão, Pinheirinho, Portão, Boa Vista e Santa Felicidade).
Hoje, abriga 350 quiosques no espaço interno, numa feira permanente, e 54 lojas, voltadas para as ruas externas.
Mudanças
Autor do projeto, Reginaldo Reinert, atual presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), foi responsável pelo projeto arquitetônico da Rua.
Ele lembra que a Rui Barbosa historicamente foi um ponto de entrada para a região central dos moradores vindos dos bairros, especialmente da região sul da cidade. "A praça sempre teve ligação muito forte com o transporte", afirma Reinert. "No começo, de maneira mais informal; depois, mais estruturante. A praça teve várias transformações ao longo do tempo."
Há 20 anos, os ônibus biarticulados ganhavam terreno no transporte da capital. Maiores, precisavam de espaço adequado para suas manobras para embarque e desembarque de passageiros. Linhas com ônibus menores também precisavam ser mais bem abrigadas no vaivém nos pontos.
Os espaços e vias da praça foram readequados com este fim – a fonte, por exemplo, mudou de lugar.
Camelôs organizados
Outro problema era organizar o comércio dos ambulantes que ocupavam parte da área. Eles foram instalados dentro da Rua da Cidadania, um espaço coberto. Com isso, a barafunda de barracas espalhadas virou espaço mais livre para circulação livre de pedestres, e o comércio, organizado.
"A ideia original era dar espaço aos empreendedores, muitos em seu primeiro negócio", lembra Reinert.
"O prédio foi pensado para distribuir todos os serviços municipais, para atendimento à população, e atendeu também a uma série de demandas desse conjunto de mudanças na área", resume o presidente do Ippuc.