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Curitiba não tem casos autóctones de dengue, mas cresce o número de casos importados


Ilustração: Antonio Carlos Patitucci/SMCS

| 1/2/2016

Curitiba continua sem registro de casos autóctones de dengue (em que a infecção ocorre dentro da própria cidade), conforme mostra o último levantamento sobre a doença. Além disso, o número de focos do mosquito Aedes aegypti na cidade se manteve estável em janeiro. Por outro lado, o agravamento da epidemia de dengue em municípios próximos provocou aumento no número de casos importados da doença detectados em Curitiba, o que é motivo para reforçar a vigilância. Em janeiro foram confirmados 55 casos, todos de pessoas infectadas em outras cidades, mas atendidas em serviços de saúde da capital.

Em janeiro do ano passado, foram confirmados 10 casos de dengue em Curitiba. Diante do aumento e do cenário nacional, desde o final do ano passado a Secretaria Municipal da Saúde tem reforçado as ações de orientação e de controle do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e febre chikungunya.

A diretora do Centro de Epidemiologia da secretaria, Juliane Oliveira, explica que o aumento no número de casos já era esperado, principalmente nesta época do ano, quando aumenta a circulação de pessoas entre áreas endêmicas em função das férias. “Muitas pessoas viajaram para o litoral do Paraná ou mesmo para o Nordeste do Brasil e só manifestaram os sintomas da doença quando já tinham voltado para Curitiba”, informa Juliane. Ela lembra que os sintomas podem aparecer num prazo médio de seis dias depois da picada do mosquito.

Na rede pública, tanto nas unidades básicas de saúde quanto nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 Horas, médicos e profissionais de enfermagem têm recebido treinamento para fazer o atendimento aos pacientes com sintomas de dengue, zika ou chikungunya e solicitar os exames adequados para o diagnóstico preciso de cada uma das doenças. “Essas três doenças apresentam sintomas semelhantes, que são febre, dores no corpo e nas articulações. No caso da zika, ainda podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e vermelhidão nos olhos, mas apenas o exame de sangue é capaz de confirmar qualquer diagnóstico”, esclarece Juliane.

Focos

Graças ao intenso trabalho de orientação e controle realizado pela Secretaria Municipal da Saúde, o número de focos do mosquito Aedes aegypti durante o mês de janeiro se manteve praticamente estável. Em 2015, foram 51 focos, e este ano, 55. “A vigilância contra os focos do mosquito foi reforçada e as vistorias estão ocorrendo com uma frequência maior”, enfatiza a diretora do Centro de Saúde Ambiental, Giselle Pirih.

Giselle explica que cada Distrito Sanitário está desenvolvendo ações diárias para identificação de focos do mosquito e também para conscientizar a população da importância de se reforçar o trabalho de prevenção contra o inseto, de acordo com o perfil e a demanda de cada bairro. Segundo ela, dos 55 focos identificados até o momento, 71% estavam nas regiões do Boqueirão, Cajuru e Portão.

“Quando há um doente confirmado, é necessário intensificar os cuidados com os focos, eliminando os criadouros para evitar que o mosquito encontre o indivíduo doente. Se isso ocorrer, esse mosquito se transforma num potencial transmissor da doença”, esclarece a diretora, lembrando que é esse tipo de situação que pode gerar casos autóctones da doença.

Categoria: Outros